Tradicionalmente, a responsabilidade nas relações entre financiador e financiado flui fortemente em apenas uma direção, com os beneficiários tendo que provar seu valor de várias maneiras e os financiadores sendo pouco responsáveis.
Nos últimos anos, alguns órgãos de financiamento têm se esforçado para reduzir as exigências de relatórios e os mais progressistas até começaram a fazer afirmações ousadas sobre sua própria responsabilidade perante as comunidades que financiam. No entanto, na realidade, não parece que esteja ocorrendo nenhuma mudança concreta na dinâmica de poder.
Ao longo deste webinar, fornecemos informações para estimular a reflexão e a ação individual e coletiva sobre como iniciar mudanças que promoverão a prestação de contas no setor filantrópico, ouvindo histórias de diferentes partes do mundo e refletindo sobre como é o nosso paradigma de prestação de contas atualmente.
MODERADORES
Kirsten WymanA luta de Kristen pelo direito à terra, à alimentação, à medicina e à dignidade humana está totalmente ligada à sua identidade e responsabilidade como mulher, mãe e filha Nipmuc. Como Gerente do Programa de Movimentos Globais da WhyHunger, Kristen apoia processos de movimentos sociais em nível global, em sua trajetória rumo à soberania e à libertação alimentar. Ela também faz parte de um coletivo chamado Eastern Woodlands Rematriation (EWR), uma rede de povos indígenas que está restaurando a base de uma alimentação sustentável. Seu trabalho é profundamente pessoal e motivado pelas importantes funções das mulheres como proprietárias de terras, agricultoras, portadoras de cultura, artesãs e diplomatas.
PAINELISTAS
Allyne Andrade é Diretor Executivo Adjunto do Fundo Brasil de Direitos Humanos. Tem doutorado em Direito pela Universidade de São Paulo. O Fundo Brasil de Direitos Humanos é um fundo local criado por ativistas para canalizar recursos para movimentos sociais e promover a filantropia para a justiça social no país. A fundação é, ao mesmo tempo, financiadora e beneficiária. Embora a maior parte de seus recursos venha de grandes fundações nacionais e internacionais, a Brazil Funds se recusa a ser entendida como uma "intermediária". Ela se considera um ator local estratégico capaz de criar confiança e relações mais igualitárias entre movimentos e financiadores.
Farzana Khan (ela/ele) é escritora, diretora, produtora cultural e educadora artística premiada. Ela é diretora executiva e cofundadora da Healing Justice London (HJL). Sua prática trabalha na construção da saúde comunitária, na reparação e na autotransformação com base na justiça para deficientes, no trabalho com sobreviventes e na prática informada sobre trauma, trabalhando com comunidades de cor e outros grupos marginalizados e sub-representados. A HJL cultiva provisões de saúde pública para a liberação coletiva e a dignificação de vidas vulneráveis. Farzana é ex-diretora criativa e estratégica da Voices that Shake, que reúne jovens, artistas e ativistas para desenvolver respostas criativas à injustiça social. Ela dirigiu esse trabalho na Platform London, uma organização de justiça social e climática que trabalha com artes, educação, pesquisa e ativismo. A prática curatorial/arte recente de Farzana inclui o lançamento do Black Cultural Activism Map (Mapa de Ativismo Cultural Negro) com a Stuart Hall Foundation e 'All Water Has Perfect Memory' (Toda água tem memória perfeita), escrevendo sobre justiça climática e de gênero e trauma e memória geracionais.
Kari Fulton é membro da equipe da Climate Justice Alliance e atua como Coordenadora de Políticas da Linha de Frente, apoiando e promovendo o envolvimento de vozes da linha de frente no ecossistema do Green New Deal nos EUA. O trabalho de Kari no movimento de Justiça Climática começou como organizadora de jovens e estudantes da HBCU com a iniciativa de Justiça Ambiental e Mudanças Climáticas, uma coalizão pioneira no movimento de Justiça Climática dos Estados Unidos. Ela tem mais de 14 anos de experiência em engajamento, treinamento e organização junto a organizações estudantis e comunitárias para criar estratégias para melhorar a saúde pública, o empoderamento da comunidade e as políticas ambientais. Kari atuou nos comitês de planejamento de campanhas locais, federais e globais, incluindo a Power Shift, a maior cúpula climática de jovens nos Estados Unidos, e a People's Climate March.
- Kristen Wyman, do WhyHunger
- Jenny Oppenheirmer, de Lankelly Chase
- Susan Edey, do Centro SHIFT para Transformação Social
- Ariel Brooks, do Center for Economic Democracy (Centro para Democracia Econômica)
- Bridget Brehen, da Grassroots Global Justice Alliance
- Lillian Tamale, da CivSource Africa
- Pedro Lagatta do Fundo Brasil
- Mireille Posse, da EMpower - The Emerging Markets Foundation (Fundação para os Mercados Emergentes)
- Mesa United Frontline
- Uma orientação popular para uma economia regenerativa
- É preciso ter raízes para desafiar a filantropia
- Princípios de transição justa
- Apenas transição
- Recursos para a Justiça Racial
- O valor da experiência vivida na mudança social
- QUEM GANHOU COM ISSO? Passando da escuta extrativista para a escuta equitativa
- Liderança de experiência vivida
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