Escrito por Romy Kraemer, da Guerrila Foundation

Por que apoiamos o novo movimento municipalista e por que você também deveria apoiar

Para a maioria dos falantes de inglês, a palavra município é uma palavra administrativa estranha, que geralmente soa vazia, e é difícil imaginar que seja uma palavra muito mais interessante para falantes nativos de outros idiomas. Ela é definida como "uma única divisão administrativa urbana com status corporativo e jurisdições concedidas por leis nacionais e estaduais às quais está subordinada" - o que evoca instantaneamente a burocracia kafkiana.

No entanto, a etimologia latina deriva de mūnicipium, que significa cidade livre, uma cidade cujos habitantes eram cidadãos (romanos), governados por suas próprias leis e magistrados, e é

"esses conceitos antigos de liberdade, auto-organização e propriedade do cidadão que são as pedras angulares do Novo Movimento Municipalista".

Nos últimos três anos, testemunhamos plataformas de cidadãos ganhando poder político e recuperando suas comunidades e a subjetividade comum em toda a Europa e em outras partes do mundo. Muitas vezes, em locais onde as crises econômicas e políticas do nosso tempo atingem com mais força, as cidades e os cidadãos estão se levantando para defender os direitos humanos, a democracia e os bens comuns. Barcelona, Madri, Paris, Messina e Nápoles, Grenoble, Frome e outras "Indy Towns", Rosário, e a lista continua.

Vimos cidades curdas emergindo como faróis da democracia participativa na Turquia e na Síria, jovens ativistas pró-democracia de Hong Kong sendo eleitos para o poder legislativo enquanto criticavam a opressão do Estado chinês e o despertar da Contra-Voz Municipal nos Estados Unidos em resposta ao Trumpismo na forma de Cidades Santuário.

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